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quarta-feira, 13 de julho de 2011

O mistério da eleição – John Stott

Muitos mistérios cercam a doutrina da eleição, e os teólogos não demonstram sabedoria ao sistematizá-la de forma que não exista mais nenhum enigma, perplexidade ou incompletude. Ao mesmo tempo, em adição aos argumentos desenvolvidos na exposição de Romanos 8.28-30, devemos lembrar-nos de duas verdades.

Primeiro, a eleição não é apenas uma doutrina paulina ou apostólica; ela também foi ensinada por Jesus, que disse: " '... conheço os que escolhi' " (Jo 13.18). Segundo, a eleição é um fundamento indispensável da adoração crista no tempo e na eternidade. Ela é a essência da adoração que se expressa desta forma: "Não a nós, SENHOR, nenhuma glória para nós, mas sim ao teu nome..." (Si 115.1).

Se fôssemos responsáveis por nossa própria salvação, quer no todo, quer em parte, seríamos justificados ao cantar nossos próprios louvores e tocar nossa própria trombeta no céu. Mas tal coisa é inconcebível. O povo redimido de Deus passará a eternidade adorando ao Senhor, humilhando-se diante dele em atitude de agradecimento, atribuindo sua salvação a ele e ao Cordeiro, reconhecendo que apenas ele é digno de receber todo louvor, honra e glória. Por quê? Porque nossa salvação é inteiramente atribuída à sua graça, vontade, iniciativa, sabedoria e ao seu poder.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O Ministério Pastoral Segundo a Bíblia

Organizado por John Armstrong, pastor por mais de 20 anos, fundou e dirige a Reformation & Revival Ministries, que promove despertamento espiritual e encoraja a igreja, por meio da liderança, a adotar a doutrina e a ética reformada.
                                                                          
                                 RESUMO DO LIVRO
 Neste trabalho, o organizador procura desafiar e articular os modelos  e práticas pastoral no mundo moderno. O livro surgiu a partir de um contexto muito específico, ou seja, como resultado de um amplo trabalho ministerial, particularmente, com centenas de ministros em grupos pequenos e grupos restritos. Para organizar este livro, Armnstrong toma como base o exame feito no campo pastoral, os livros publicados nas décadas 70 e 80, mais especificamente nos escritos clássicos sobre ministério pastoral, como o “The Reformed Pastor” (1656), escrito por Richard Baxter, e os puritanos como J. I. Packer. A partir desta perspectiva, o livro apresenta uma visão paronâmica de diversos pastores que encorajam aqueles que desejam desenvolver um ministério focado inteiramente em Cristo e para a gloria de Cristo.
“Qual o papel pastoral na reforma moderna’? Será que a Igreja moderna tem vivenciado o slogan da tradição protestante: “Semper Reformanda?”Com estes questionamentos, Armstrong enfatiza o papel dos ministros frente ao desafio de pregar a palavra de Deus numa Perspectiva reformada, no primeiro capítulo do livro. No seu entendimento, a saúde de toda Igreja depende de um ministério pastoral teologicamente centrado nas verdades bíblicas. O tema do capítulo dois soa como um alerta para a liderança da Igreja. O ministério pastoral precisa ser redescoberto, devido ao perigo de se confundir ministério vocacional com profissionalização nos dias atuais. Mark Copremeger foca esse perigo, porém não descarta o valor dos códigos profissionais por oferecer regras que incentivam os ministros do Senhor a se autodisciplina, sendo modelos dedicação exemplos valiosos para o rebanho. Copremeger ilustra com uma versão resumida de uma peça humorística sobre um momento em que o conselho escolhe seu novo pastor.
O capítulo três, de Joel Beeke, traz uma abordagem sobre a urgência e da necessidade de vida piedosa, como algo fundamental no ministério pastoral. Ele alerta para o perigo de se tratar a Palavra de Deus, sem o devido valor dispensado à mesma. Para ele que outros dizem sobre as Escrituras, influencia muito mais ministros do que a própria Escritura. Ele ainda chama a atenção do ministro para uma vida santa com Deus pautada nas Escrituras, a qual exige do ministro o cultivo de hábitos piedosos e sistemáticos em constante intimidade por meio da oração. Uma vida prática que promova piedade em todas as áreas da vida ministerial.
O capítulo 4, escrito por R. Kemt Hughes, aborda a importância de restaurar a exposição bíblica. O autor defende que o lugar natural e adequado para se começar a instrução sobre pregação, é o tema do logos, a Palavra de Deus. O ponto fundamental, segundo ele, é a crença na autoridade da palavra de Deus, pois a plena confiança em sua inerrância, suficiência e potência, é indispensável para um compromisso com a exposição bíblica. o autor apresenta quatro razões fundamentais que se relacionam com os grandes fatores positivos da exposição. Ele faz algumas considerações sobre o Ethos - o caráter de quem prega, e Pathos - pregação direcionada pelo Espírito Santo, ou pregação apaixonada e centralizada em Deus.
O capítulo 5, de Thomas N. Smith, aborda o tema “pregando Cristo como o foco de toda a reforma”. Para esse autor, de modo real, “pregar Cristo” é o coração do tema.  Isso deve ser feito de forma pessoal, relacional e prático, ou seja, a pregação cristã deve ser capaz de comunicar a tradição e as construções teológicas edificada sobre o fundamento do testemunho apostólico.
Wilbur C. Ellsworth, que é o autor do capítulo 6, toma Romanos 10 como base para a uma abordagem relacionando fé e pregação para proclamação de Cristo no ministério pastoral. Se quisermos conservar a coisa principal, teremos que perguntar: o que faz com que a pregação seja tão vital para a reforma? Ela não será eficaz se não constar um elemento fundamental, a Fé, pelo qual nos aproximamos de Deus, porém da pregação é a centralidade Cristo.
O capítulo 7 trata da importância de se conduzir a igreja ao culto Cristocêntrico. Jerry Marcelino apresenta a necessidade de uma compreensão das doutrinas fundamentais, como a doutrina da justiça de Cristo imputada ao pecador perdido e o ato evangélico de prestar culto verdadeiro. O homem precisa ser conduzido a adorar a Deus com reverência, sabedoria e zelo, pois o fim de todas as nossas orações e esforços, rumo a um culto centralizado em Deus como a Escritura ordena. Esse é o papel ministro da palavra de Deus.
No capítulo 8, Jim Ellff trata do cuidado pastoral ao rebanho, ou seja, a cura de almas. A igreja precisa ser pastoreada com o amor de Cristo, o verdadeiro pastor, que deu sua vida pelas ovelhas. O termo “A cura das almas” é usado pelo autor para se referir à responsabilidade pastoral fora da pregação. Para que fique claro o cuidado pastoral, ele apresenta alguns elementos como; tutorial, orientação, consolação, proteção, intercessão e o objetivo pastoral de apresentar todo homem perfeito a Cristo.
O assunto do capitulo 9 é a Reforma da Igreja por meio da oração. Para Artur Azurdia, o ministério pastoral deve contribuir para reforma espiritual da igreja. O autor faz uma triste acusação contra os seminários dizendo que os mesmo têm feito pouco para convencer os estudantes da primazia da oração em relação ao ministério pastoral. Ele diz que o pastor deve ser um homem de oração para que sua pregação seja relevante e sua liderança eficiente. Só assim a pastor será capaz instruir e modelar sua congregação.
Outro assunto importante que é tratado no capítulo 10, por David W. Hegg, é a importância do ministério pastoral na edificação de uma comunhão verdadeira. O autor apresenta três desafios de oposição à comunhão verdadeira: O consumismo, a independência e a rede de contatos. Mas o ministério pastoral precisa de aconselhamento bíblico, de mensagem salvadora, e da ministracão dos sacramentos que promove comunhão, igualdade e a unidade de Cristo em sua Igreja.
O capítulo 11, de T. M. Moore, enfatiza a importância dos sacramentos no ministério pastoral e para a vida da Igreja, pois se trata de uma dádiva planejada por Cristo para equipar os crentes para a vida do reino no mundo. Portanto, a ministração dos mesmos deve ser feita com fidelidade e o devido cuidado que a Escritura requer.
No capítulo 12, Joseph Flatt, Jr. destaca a necessidade de se restaurar o lugar da disciplina na igreja como meio de preservar a santidade do povo de Deus. O autor sugere alguns pressupostos para o exercício da disciplina na igreja local. Ele chama a atenção da igreja para confrontar o pecado, a fim de que ela viva uma renovação genuína como igreja santa. É uma questão de querer fazer o que é certo independente de quanto isso custe.
O sucesso pastoral no ministério, evangelístico é o assunto do capítulo 13. Mark Dever, toma como base o texto do apóstolo Paulo a Timóteo (2Tm 3.10-4.5), para estabelecer o modelo de ministério pastoral de sucesso, ou seja, ser fiel as Escrituras. Dever mostrar que o sucesso pastoral não pode nem deve ser comparado com o sucesso profissionalizado do mundo, pois o sucesso pastoral é feito de sofrimento, perseguição e desafio constante de morte.
O livro conclui com um capítulo escrito por Phil A. Newton, sobre a responsabilidade do pastor em fazer a igreja crescer sem que precise usar o pragmatismo moderno do crescimento explosivo da igreja. Ele defende o principio bíblico instituído por Deus, e propõe quatro áreas que precisão de atenção para que as igrejas desenvolvam um crescimento saudável: 1) Prioridade á proclamação bíblica; 2) Coragem para funcionar como igreja; 3) Discernimento para entender o que é legitimo, como crentes do novo testamento em nossa comunidade expandida; e, 4) Dá continuidade a todos os ministérios da igreja. Exortar os crentes a examinar a palavra de Deus, olhar como a igreja primitiva funcionou em seu próprio contexto histórico. É aplicar uso a seu contexto. Este é o recado do autor, “que tudo seja feito por avaliação a luz a palavra de Deus e da gloria de Cristo”.

*Os textos deste livro, escritos por pastores em atividade, encorajarão você a focar seu ministério inteiramente em Cristo para que que a glória dele, e dele somente, conduza crentes e descrentes ao trono de Deus. O Livro "O Ministério Pastoral segundo a Bíblia" pode ser adquirido através da Editora Cultura Cristã. 
Este resumo foi apresentado como trabalho na disciplina "Educação Cristã" ministrada pelo Prof°  José Alex.  Seminarista Zé Francisco aluno do 4° ano de Teologia no Seminário Teológico do Nordeste .

sábado, 2 de julho de 2011

As Línguas dos Anjos são incompreensíveis!?

Sobre 1 Cor 13 e as línguas dos anjos: 

Interessante é que os irmãos que defendem um dom de línguas para os nossos dias baseado em 1 Cor 13, como uma espécie de línguas angelicais, e por isto incompreensíveis, parecem nunca ter ouvido falar em “figuras de linguagem”. Paulo claramente ali está se valendo de hipérbole, ou seja, apresentando fatos extraordinários e que não acontecerão, para presentar a superioridade do amor sobre todas as nossas atitudes. Em outras palavras, são exageros! Como entregar o seu corpo para ser queimado.Uma outra questão interessante é que quando um anjo fala a Abraão, aquele entende. Quando um fala a Moisés, este também entende. Com Jacó, Maria e qualquer outro na Escritura que tenha conversado ou ouvido a voz de um anjo, em momento algum é mencionado qualquer caso de língua “estranha"; pelo contrário, a linguagem é sempre cognoscível. Parece que só este suposto anjo em 1 Cor 13 não consegue se expressar direito. Será gagueira, problema de dicção, algum tipo de cacoete linguístico ou coisa que o valha??? Pois não podemos nem dizer que o anjo estava falando era grego, pois este Paulo entendia… rsrs…Deus abençoe a todos aqueles que se aproximam de Sua Palavra e ilumine os nossos entendimentos para atentarmos ao Seu claro ensino. Obs: é extremamente perigoso fundamentar uma doutrina em cima de um único texto, principalmente quando este está divorciado de seu contexto.