Pesquisar este blog

segunda-feira, 28 de maio de 2012

SERMÃO EM RUTE 1.11-22

 DUAS MULHERES NA PROVIDÊNCIA DIVINA (Rt 1.11-22)

Introdução: 
O excesso de problemas oprime e a escassez de desafios causa tédio (Pv 30.8,9; Dt 8.2,3).
Deve sempre ser motivo de gratidão a Deus os Oasis que descobrimos ao nosso redor, mas, também, dentro da experiência da nossa própria vida. Aprendemos algumas verdades quando passamos por fortes experiências como nessa história de Rute e Noemi.
As vezes não entendemos os porquês da vida, mas adiante percebemos que Deus está no controle de tudo e tudo está dentro dos propósitos de deus para as nossas vidas.
Elucidação: Nos dias em que julgavam os juízes, houve fome na terra... (Rt 1.1). Essa situação foi quem levou Noemi deixar sua terra e sua parentela.
A providência de Deus algumas vezes é severa. Mas ele sempre opera pelo bem do seu povo.
O amor e a devoção familiar que são orientados pela lei de Deus trazem alegria e felicidade. mas muitos esquecem esses princípios e acabam se dando mal na vida.
Rute é de quem saiu à linhagem de Davi, que foi escolhido por Deus como o grande rei de Israel.
Os moabitas, eram parentes próximos de Israel por meio de Ló (Gn 19.37). Os moabitas foram subjulgados, mas também houve períodos de relações amigáveis.
Noemi (ditosa) e suas noras começam uma jornada. O amor de Noemi por suas noras moabitas e sua fidelidade ao Senhor apesar do tratamento amargo que recebeu dele, dominam essa parte do drama.
Propósito do livro:
Dentre outros propósitos possíveis, o Livro de Rute é considerado como a explicação de que (1) uma pessoa convertida (até mesmo uma moabita) poderia ser verdadeiramente fiel ao Senhor e ser totalmente aceita em Israel; (2) as qualidades de lealdade e fidelidade à aliança demonstrada por uma estrangeira poderiam servir de modelo para a resposta de Israel ao Senhor; (3) o Senhor como Redentor redimiria e restauraria a família exilada de Israel à suas terras.
O propósito final do livro de Rute é mostrar a glória da misericórdia de Deus representada na vida dos crentes. Os fieis em Yahweh amam seu Deus (Dt 6.4-9) e seu próximo (Lv 19.18), assim cumprindo o desígnio da Lei, dos profetas e da escritura (v. Mt 12.28-34).

àComo essas mulheres desprovidas de maridos e filhos irão sobreviver no antigo Israel?

DUAS MULHERES NA PROVIDÊNCIA DIVINA (Rt 1.11-22)
1)     UMA DECISÃO PROVOCANTE (Noemi)
Decisão apática = continuar sofrendo sem reagir
Decisão covarde = abandonar o local ou causa esperando que o problema desapareça sozinho.
Decisão coragem = chamar a Deus, confessar a culpa com arrependimento, procurando agradar a Deus (Pv 28.13; At 3.19)
As decisões erradas sempre provocam consequências negativas e estas provocam outras decisões repreensíveis.
Noemi assume a culpa da decisão errada (Rt 1.21)
1. Perdeu o esposo. (seus dias encurtados)
2. Os filhos casaram-se com moabitas (transgressão)
3. A vida dos seus filhos foi encurtada (ficou desamparada de filhos e marido em terra estranha).

Duas noras radicalmente contrárias  nas decisões
Uma precipitada volta para os seus deuses sem pensar nas consequências espirituais. 1.14
Uma decisão preciosa. Rute viu o arrependimento da sogra e decisão de voltar a prática da vontade de Deus e ficou impressionada daí nasceu o desejo ardente de conhecer aquele Deus e se apegou a Noemi  (ver 1.16-17; Mt1.5; Ef3.6)
 2)     UMA DECISÃO PROVIDENCIAL (Rute)
Deus é soberano sobre as ações humanas e ele muitas vezes transforma o mal em bem(Gn50.20).
Com Rute não foi diferente, Deus usa sua providencia a favor da Moabita ela foi obrigada a trabalhar como pobre e estrangeira para ter o pão por acaso entrou na parte que pertencia a Boaz parente de Abimeleque (2.3; Sl 37.23).

LIÇÃO QUE APRENDEMOS DAS ATITUDES DE RUTE:
a)    SUA DESCRIÇÃO = Ela acertou a nova circunstancia como parte da providencia de Deus sem qualquer reclamação. Talvez ele tenha vindo de uma família abastada mais assumiu com humildade a posição de pobre.
b)    SUA DISCIPLINA = Demonstrou sua vontade para aceitar a vida em Israel através da disciplina de um trabalho braça. (ver cap. 2.2; Pv 14.23).
c)    SUA DISTINÇÃO = Ela amava e servia a sua sogra, toda a vizinhança reconheceu está distinção ao afirmarem a Noemi: Ela é melhor do que sete filhos (4.15).
d)    SUA DISPOSIÇÃO = Ela se entregou à providência, ao Deus sob cujas asas encontrou refúgio (2.11,12) Paulo exprimiu a mesma disposição de Rute em Fp 4.19.
RESULTADO FINAL
1.Rute foi abençoada por Boaz (2.12) a graça da obediência
2.Rute foi reconhecida por todos (3.11) a virtude visível
3.Um casamento realizado e feliz (4.9-10)
4.Uma promessa vitoriosa (4.13,15,22) Pensamento (Sl 37.4-6).
Deus abençoe você mulher.

APLICAÇÕES:
1.    As manifestações de Deus no AT podem ocorrer ou para a bênção ou para a punição (1.6). Deus abençoa, mas Noemi, Rute e Orfa aprendem que nem sempre a vida traz acontecimentos agradáveis.
2.    Ao acreditar que Deus dá a benção, bem como a leva embora, Noemi pede a Yahweh para abençoar as mulheres mais jovens com maridos e lares. Assim elas estarão seguras.
3.    Ao comprometer-se com Noemi, a moabita Rute também se compromete com Israel e com Yahweh (1.16,17). Ela converte-se ao pacto de fé como fez Raabe (Js 2.8-14), Naamã (2Rs 5.1-18)
4.    Noemi certamente acredita que Yahweh é o Senhor acima da aflição e libertação. Tudo o que acontece no final das contas deve derivar do caráter de Deus.
Conclusão:
Rute expressa como Deus abençoa a família e, por extensão, as multidões. Sua decisão providencial independe do conceito humano, pois Ele é soberano e age soberanamente na Aliança com seu povo.

* Este Sermão foi pregado pelo Rev. José Francisco no mês, dito da família, Maio de 2012.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

A LIDERANÇA É ESPIRITUAL? (2Tm 2.2)



O maior recurso do líder são pessoas das quais o Espírito Santo possa operar
Ted Engstrom, um dos principais mestres cristãos de liderança e gerenciamento, enfatiza:
A liderança cristã representa ação, mas é, também, um jogo de ferramentas para homens e mulheres espirituais. Não é moral nem imoral – é amoral [nem certo, nem errado].... A questão é a espiritualidade da pessoa e como ela pode usar, da melhor maneira possível, as ferramentas da liderança para a glória de Deus... Creio que todo princípio básico e honrado na liderança e gerenciamento tem suas raízes e está fundamentado na Palavra de Deus. A Bíblia está repleta de exemplos de Deus procurando líderes e, quando os encontra, faz uso deles, a despeito de suas falhas humanas, a fim de cumprir seus propósitos.... Muitos falharam de modo marcante em algum ponto de suas vidas, mas a chave do seu sucesso foi que jamais rastejaram o pó. Tais pessoas apresentaram através do fracasso, arrependeram-se e foram usadas de forma ainda mais poderosa.
Cada um de nós, como cristãos ou seguidores de Cristo, tem a tremenda responsabilidade de continuar o trabalho que Jesus iniciou na terra. A grande comissão é por nós bem conhecida [Mc 16.15; Mt 28.19]; todavia, parecemos viver como se a Bíblia não pertencesse ao ambiente e circunstâncias de hoje. Usamos a desculpa de que os personagens bíblicos são muito diferentes do ser humano comum e não podemos, de forma alguma, antever o sucesso em nossas próprias vidas.
Jesus Cristo não se satisfaz em apenas adquirir seguidores. Não acreditava que o líder fosse simplesmente alguém que liderasse pessoas. Sentia que sua tarefa como líder não estaria terminada até que reproduzisse a Si mesmo nas vidas de seus doze discípulos e os transformasse, passando estes de seguidores a líderes. Ele, na verdade, redefiniu o que é liderança eficaz – Para Jesus “O Líder cristão possui coração de servo” – Mc 10.43,44.
O líder “Servo/mordomo” utiliza a autoridade que lhe foi delegada, bem como os recursos a fim de produzir resultados que beneficiem os outros. Ele deve ser um bom mordomo dos seus próprios dons espirituais, talentos, habilidades e capacidades, como também dos seus seguidores.
  
O DESAFIO DA LIDERANÇA

EXISTEM TRÊS GRANDES DESAFIOS QUE PRECISAMOS ENFRENTAR:

Desafio Nº 1
Seleção – Constitui um desafio o selecionar pessoas para determinadas posições ou responsabilidades. Com essa situação precisamos combinar personalidade, talento, habilidade e experiência. É um desafio ser capaz de prever as habilidades ocultas num jovem – porém isto é essencial para a liderança bem-sucedida.
Desafio Nº 2
Desenvolvimento – As pessoas precisam desenvolver seus talentos e habilidades dadas por Deus. Ele não concede dons espirituais para que sejam enterrados! O líder deve certificar-se de que os indivíduos sejam bons dispenseiros de seus talentos e habilidades, desenvolvendo o seu potencial.
Desafio Nº 3
Capacitação – O líder deve capacitar e equipar as pessoas para utilizarem suas habilidades e talentos e que por sua vez, ajudem outros a também desenvolverem e utilizarem os seus. O desafio da liderança e da formação de líderes é um ministério que não dá margem a concessões.
Os líderes se reproduzem em líderes mais jovens. Isto é bíblico! Está nas Escrituras!

LIDERANÇA DO ESPINHEIRO
 A parábola do Espinheiro [Jz 8.28-921] é uma clássica passagem bíblica a respeito da liderança. Gideão havia guiado os Israelitas, mas morrera. Israel precisava de um novo líder, de alguém que o guiasse nos caminhos de Deus. Gideão falhara em preparar um sucessor, portanto a nação estava sem líder. O profeta Jotão diagnosticou habilmente a má situação, e narrou a "Parábola do Espinheiro" para ensinar ao povo uma importante lição. A oliveira, a figueira e a videira se recusaram a reinar na floresta quando as árvores se achavam em busca de um líder. O único disposto a torna-se rei da floresta era o Espinheiro – e o desastre imperou durante seu reinado de terror e tirania. Veja:
A oliveira: “deixaria eu o meu óleo, que Deus e os homens em mim prezam, e iria pairar sobre as árvores?”
A figueira: “Deixaria eu a minha doçura, o meu bom fruto, e iria pairar sobre as árvores?”
A videira: Deixaria eu o meu vinho, que agrada a Deus e aos homens, e iria pairar sobre as árvores?”
O espinheiro: “Se deveras me ungires rei sobre vós, vinde e refugiai debaixo de minha sombra; mas, se não, saia fogo do espinheiro que consuma os cedros do Líbano”.
Aprendemos com esta passagem que, quando não se apresentam bons líderes, os maus avançam e tomam seu lugar.
Se você deixa de aceitar uma certa responsabilidade ou algum papel de liderança que Deus tenha para você, poderá ser culpado por entronizar o espinheiro. Se em qualquer organização, se os indivíduos bons e de talentos não aceitarem responsabilidades, então os perversos e os maus as aceitarão. E aí, cuidado! Os problemas estão à vista! Deus chamou cada um de nós para sermos luz e sal na terra. Quando nada fazemos, o mal impera e os tiranos passam a nos governar. Você está permitindo que os espinheiros entrem em sua organização, seus negócios, sua família, seu ministério, sua Igreja? 
Onde estão os líderes?” As nações precisam de líderes; a sociedade precisa de líderes; as igrejas precisam deles; e as famílias também.
Precisamos de líderes que estejam na linha de frente, que se movam entre os seus seguidores, que conheçam suas fraquezas e seus pontos fortes; que saibam ouvir, que vejam seus seguidores no local de trabalho e que os visitem em suas casas; que partilhem de suas alegrias e tristezas e que a estejam bem perto da ação, a fim de mostrar que a liderança não está separada de seus liderados e da linha de frente. Os líderes precisam estar com seus seguidores ao subirem juntos até o cume da montanha.
Se você considera-se um líder ou está almejando a liderança, lembre-se que é responsável, do modo mais solene possível, a exercer a mordomia dos talentos, dons e habilidade daquelas pessoas que Deus confiou à sua liderança. Elas terão de prestar contas, mas você será, em parte, responsável pelo que foi feito de seu potencial e de quanto ouro, prata e pedras preciosas foram antecipadamente remetidas por esses indivíduos.


"Para ser mais do que um mordomo indolente dos talentos confiados sob seus cuidados, o executivo deve aceitar a responsabilidade de fazer o futuro acontecer. Á a disposição de atacar isso com propósito, a última das tarefas econômicas nas empreitadas empresariais, que distingue uma grande firma de uma meramente competente, e o edificador de negócios do zelador das dependências do executivo" [Peter Drucker]

(Retirado do Livro: Liderança que Realiza – Profº Roberto A, Orr de Toronto, Canadá).
Digitado por: Rev. Zé Francisco, Pastor da Igreja Presbiteriana de Ipanguaçu, RN.

sábado, 19 de maio de 2012

A Condição Original do Homem como a Imagem de Deus.


É muito estreita a conexão existente entre a imagem de Deus e o estado original do homem e, por isso ambos são geralmente considerados juntos. Uma vez mais teremos que distinguir entre diferentes conceitos históricos da condição original do homem.

1. O CONCEITO PROTESTANTE. 
Os protestantes ensinam que o homem foi criado num estado de relativa perfeição, um estado de justiça e santidade. Não significa que ele já tinha alcançado o mais elevado estado de excelência de que era suscetível. Geralmente se admite que ele estava destinado a alcançar um grau mais elevado de perfeição pela obediência. Um tanto semelhante a uma criança, era perfeito em suas partes, não porém em grau. Sua condição era preliminar e temporária, podendo levar a maior perfeição e glória ou acabar numa queda. Foi por natureza dotado daquela justiça original que é a glória máxima da imagem de Deus e, consequentemente, vivia num estado de santidade positiva. A perda daquela justiça significaria a perda de uma coisa que pertencia à própria natureza do homem em seu estado ideal. O homem podia perdê-la e ainda continuar sendo homem, mas podia não perdê-la e continuar sendo o homem no sentido ideal da palavra. Noutras palavras, sua perda significaria realmente uma deterioração e um enfraquecimento da natureza humana. Além disso, o homem foi criado imortal. Isto se aplica não à alma somente, mas a toda a pessoa do homem; e, portanto, não significa apenas que a alma estava destinada a ter existência permanente. Tampouco significa que o homem foi elevado acima da possibilidade de ser presa de morte; isto só se pode afirmar sobre os anjos e os santos que estão no céu. Significa, porém, que o homem, como criado por Deus, não levava dentro de si as sementes da morte e não teria morrido necessariamente em virtude da constituição original da sua natureza. Embora não estivesse excluída a possibilidade de vir a ser vítima da morte, não estava sujeito à morte, enquanto não pecasse. Deve-se ter em mente que a imortalidade original do homem não era uma coisa puramente negativa e física, mas era também uma coisa positiva e espiritual. Significava vida em comunhão com Deus e o gozo do favor do Altíssimo. Esta é a concepção fundamental da vida, segundo a Escritura, assim como a morte é primariamente a separação de Deus e a sujeição à Sua ira. A perda dessa vida espiritual daria lugar à morte, e redundaria também na morte física.

Fonte: Teologia Sistemática - Louis Berkhof

terça-feira, 15 de maio de 2012

FÉ CRISTÃ E MISTICISMO


RESENHA
José Francisco do Nascimento

MATOS, Alderi Souza; NETO, Francisco Solano Portela; CAMPOS, Heber Carlos; LOPES, Augustus Nicodemus “Fé Cristã e Misticismo” – Uma avaliação bíblica de tendências doutrinárias atuais. São Paulo: Cultura Cristã, 2000. 171 p.

A Igreja do século XXI enfrenta um grande desafio a fé cristã; desafio esse que não é novo. Em todas as épocas a Igreja foi confrontada por doutrinas e tendências estranhas que ameaça a pureza da fé. Não foram poucos os homens cristãos que sofreram e até morreram, em lutas para defendê-la. É preciso está alerta aos ataques sutis que influencia líderes e membros. Têm se usados muitos atrativos para manter o crescimento numérico. Apela-se para tudo que possa dá status. A pergunta que se faz é: o que fazer ou como fazer para vencer esse grande desafio? O livro “Fé cristã e misticismo” apresenta uma avaliação bíblica nesta perspectiva.
Escrito por homens comprometidos com a pureza doutrinária, apresenta uma discussão coerente e necessária para o momento. Seus escritores são bem conhecidos por sua formação acadêmico-teológica e por seus escritos que muito têm contribuído para o fortalecimento doutrinário da Igreja evangélica brasileira. O livro está dividido em quatro capítulos.
Começa com rev. Alderi Souza de Matos, que faz um apanhado histórico dos grupos mais conhecidos denunciando suas ideias. Numa avaliação séria, Alderi demonstra conhecimento preciso no surgimento dos grupos pentecostais e neopentecostais e analisa suas manifestações sobrenaturais, uma vez que em nossos dias somos instruídos a buscá-los para legitimar o nosso cristianismo. Alerta para os malefícios desses grupos que promove divisões no “cristianismo evangélico”, influencia a liturgia e deturpam a teologia bíblica reformada.
O segundo autor, Francisco Solano Portela Neto, propõe uma avaliação bíblica dos fenômenos apresentados atualmente no meio evangélico fazendo alguns questionamentos lógicos e em seguida passa a respondê-los no que ele mesmo chama de ensaio. Solano procura principalmente examinar o campo neopentecostal por sua concentração nos fenômenos extraordinários, suas manifestações e na divulgação de sinais que tanto tem influenciado a Igreja, cruzando as linhas denominacionais. Para o autor, tais sinais e manifestações precisam ser examinados a luz da Escrituras. Solano aponta os ensinos do pentecostalismo numa expectativa de experiências, como algo que estaria faltando na vida do cristão. O autor alerta para o que a Bíblia nos revela sobre as manifestações extraordinárias e diz que temos dons do Espírito Santo para discernir os espíritos que atuam nas mesmas. O objetivo do autor com esse ensaio é direcionar o leitor a uma interpretação racional da hermenêutica do neopentecostalismo a luz das Escrituras. Nesse propósito, é preciso julgar e examinar as práticas e a firmeza das convicções dos chamados cristãos. Precisa ter discernimento espiritual para julgar os fenômenos e os operadores de sinais e maravilhas. O autor conclui conclamando os cristãos a olhar para os cincos pontos Reformados, os quais proporcionam esperança e livramento de teorias geradoras de doutrinas confusas e destruidoras.
Na terceira parte do livro Heber Carlos apresenta um ensaio sobre a profecia, adotando um método de comparação entre os profetas de ontem e de hoje, ou seja, os profetas do Antigo Testamento e os apóstolos do Novo Testamento. Depois, compara os apóstolos do Novo Testamento e os profetas das igrejas locais do Novo Testamento, mostrando funções básicas de cada um deles. Por último, o autor aponta o instrumento basilar, ou seja, a palavra de Deus para ser usado pelos profetas da igreja atual, pois somente a Palavra de Deus é útil para exortar, discernir, consolar, corrigir, edificar e livrar do perigo do extremo da profecia que leva os crentes a supervalorizar ou desprezá-las.
Alguns critérios bíblicos a ser observados na aplicação que desafia os profetas de hoje e que pode dirigi-los:
1 - Uma palavra aos que possuem dons proféticos para que anime, exorte e advirtam os crentes a viver pela Palavra de Deus;
2 - Uma palavra aos crentes em geral para orar e incentivar os profetas a exercitar os dons que receberam de Deus e para serem fiéis às Sagradas Escrituras.
No último capítulo do livro escrito por Augustus Nicodemus sobre o tema “A Batalha Espiritual” em perspectiva, o autor critica a ênfase das igrejas no Brasil nas lutas espirituais contra satanás e seus demônios, o que corresponde à difusão do misticismo e ao interesse pelo culto misterioso sobre anjos, milagres, sinais etc. Isso tem descaracterizado a igreja cristã, que substitui a pregação genuína das Escrituras, valorizando o exibicionismo sobrenatural. O autor não nega a existência de milagres hoje; no entanto, alerta para o exclusivismo ao extraordinário, inferiorizando os meios ordinários, como por exemplo: tomar remédio ser falta de fé e a pregação do evangelho não tem tanta importância para salvar os pecadores, pois os milagres substituem a mesma. Para o autor, estes movimentos polêmicos, têm trazido várias preocupações até mesmo a Igrejas e organizações internacionais quanto aos ensinos destes movimentos, pois muitos pastores e comunidades têm aderido, produzindo um cristianismo distorcido, deturpado, reduzido e incompleto, sem doutrinas fundamentadas nos princípios sadios da Palavra de Deus. O ensino de quebra de maldições torna-se perigoso pelo uso parcialmente de evidência bíblica (texto isolados), minimizando os efeitos da obra redentiva de Cristo.
O autor conclui apresentando alguns princípios bíblicos fundamentais que poderão orientar os crentes a cerca desse tema tão polêmico. Princípios como: a) Deus é Soberano Absoluto do seu universo, b) as coisas de Deus só podem ser conhecidas pelas Escrituras, c) a humanidade está decaída e debaixo do justo juízo de Deus conseqüências e, d) se alguém está em Cristo é uma nova criação. Segundo o autor, esses quatros pontos doutrinários tem sido a grande preocupação da Igreja que deve firmemente ser defendidos e ensinados. Só assim, haverá pouco espaço para que os erros da “batalha espiritual” penetrem nas igrejas cristãs.
O livro “Fé cristã e Misticismo” têm uma abordagem simples, mas pertinente, sobre um dos temas mais polêmico no meio evangélico brasileiro. Seus autores demonstram compromisso com as Escrituras e direciona os leitores a avaliar e examinar a luz das Escrituras Sagradas as tendências doutrinárias atuais a fim de defender os conceitos e as doutrinas de cunho reformados. Por essas e outra razões, recomendamos a leitura deste livro certo da ajuda que o mesmo prestará aos estudantes de teologia e aos líderes em geral preparando-os para o ensino correto das Escrituras Sagradas.

Trabalho apresentado para obtenção de nota
 no curso de teologia do STNe, Teresina, Pi.
José Francisco – aluno em 2008

terça-feira, 1 de maio de 2012

O propósito de Deus para o casamento


Por Jacilene Santos da Silva

O primeiro e o maior propósito do casamento não difere do propósito inicial de um servo, que é glorificar a Deus e desfrutar de Seus bens. O casal deve ter isso em mente. Mas além desse propósito prioritário, o casamento exige algo mais dos cônjuges, que vamos analisar à luz da Palavra de Deus:

Companheirismo e complementação mútua do casal

“Disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea” (Gn 2.18).

Depois da análise do texto podemos observar a necessidade do homem em ter uma auxiliadora, uma companheira. O homem vivia em meio aos vários elementos da criação, mas mesmo assim ele se sentia sozinho. Então, Deus fez cair um sono pesado sobre o homem e de sua costela fez a mulher e a chamou de varoa, pois do varão foi tirada. O homem e a mulher se completam, pois assim como a mulher provém do homem, o homem também é nascido da mulher.

“No Senhor, todavia, nem a mulher é independente do homem, nem o homem, independente da mulher”(1Co 11.11).

Prazer amoroso do casal
“Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias de tua vida fugaz, os quais Deus te deu debaixo do sol; porque esta é a tua porção nesta vida pelo trabalho com que te afadigaste debaixo do sol” (Ec 9.9).
Devemos ter em mente que há uma grande necessidade do cumprimento dos deveres conjugais relacionados à área sexual, o que é de grande importância para se manter o casamento, pois quando uma das partes negar em cumprir seu dever ela abre a porta para o pecado do adultério, podendo levar ao divórcio. Pode haver um momento em que ambas as partes decidam abster-se do sexo, por motivo espiritual ou outro, mas quando o tempo determinado por ambos acabar é necessário que se volte às atividades normais dentro do núcleo matrimonial.

“Não vos priveis um ao outro, salvo talvez por mútuo consentimento, por algum tempo, para vos dedicardes à oração e, novamente, vos ajuntardes, para que Satanás não vos tente por causa da incontinência” (1Co 7.5).

Preservação da pureza e da moral na família e na sociedade
“Fugi da impureza. Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer é fora do corpo; mas aquele que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo” (1Co 6.18).

A preservação moral é uma das responsabilidades de um servo de Deus. Lutar contra os prazeres carnais é algo muito importante. Antes do casamento é necessário que se mantenha o corpo puro, longe dos prazeres carnais, mas mesmo depois do casamento é muito importante que se busque a pureza. Sabemos que o prazer amoroso é algo fundamental no casamento, mas que isso não seja um pretexto para fazer do sexo uma prática de todo momento, tornando-o um ídolo. Sabemos que somos espelhos para outras pessoas, por isso devemos ser cautelosos também dentro do casamento, para que as pessoas não se escandalizem com nossos atos. Além disso, não devemos esquecer de que o propósito prioritário do casamento é glorificar a Deus, como foi dito no início do texto.

“Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo” (1Co 6.19-20).

Formação e propagação do gênero humano através dos filhos
“E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra” (Gn 1.28).
Uma das principais ordenanças acerca do casamento consiste na propagação da espécie humana, ou seja, em ter filhos. A Bíblia relata que no início da história da humanidade esse foi um dos primeiros mandamentos, o qual prevalece até hoje. Portanto, que a união dos corpos tenha esse objetivo. Não apenas “saciar a sede da carne”, mas reproduzir e assim dar continuidade à vida da espécie humana até o dia em que Deus permitir.

“Tomai esposas e gerai filhos e filhas, tomai esposas para vossos filhos e dai vossas filhas a maridos, para que tenham filhos e filhas; multiplicai-vos aí e não vos diminuais” (Jr 29.6).

Este post vem contemplar o mê da família. Precisamos cuidar da nossa família com bons ensinos.

Rev. José francisco - Pastor da IBP em Ipanguaçu -RN